Ao longo da história do mundo há registros de operações amparadas pela distribuição de riscos desde 1.800 a.C, na Babilônia. Neste caso a mitigação do risco era em virtude do transporte marítimo de mercadorias.

Centenas de anos depois, a cidade de Gênova, na Itália, é foi reconhecida como o berço do seguro marítimo. No século XIV, era um importante centro comercial marítimo e um ponto de partida para viagens marítimas. Os comerciantes genoveses desenvolveram um sistema de compartilhamento de riscos em que contribuíam com fundos para compensar perdas em caso de naufrágio, roubo ou outros eventos adversos durante as viagens marítimas. Nestes os períodos de intensas viagem, comerciantes e proprietários de navios enfrentavam riscos significativos de ataques, saques e captura de suas embarcações e cargas por conta da presença de piratas.

Já no século XVII, mais precisamente em 1688, foi registrada a primeira apólice de seguro na Inglaterra, promovida principalmente pelo "Grande Incêndio" que devastou a cidade de Londres, iniciado na casa de um padeiro e devido às condições secas, ventos fortes e construções predominantemente feitas de madeira, o fogo rapidamente se espalhou e consumiu as construções vizinhas.

Diante da situação, comerciantes e proprietários de imóveis começaram a perceber a necessidade de proteger suas propriedades contra incêndios, o que levou ao surgimento de seguradoras de incêndio na Inglaterra nas décadas seguintes.

Até hoje, considero esta cobertura como necessidade básica de qualquer residência, comércio ou indústria, pois qualquer descuido ou fatalidade, sendo eles internos ou externos, podem acabar com um patrimônio de gerações.

Acompanhando a evolução humana, de bens de consumo e tecnologia, diversos tipos de seguros foram criados e continuam em constante evolução. Avançamos através do desenvolvimento industrial com a produção em escala de máquinas, equipamentos, automóveis, construções, eletrônicos, agricultura, responsabilidades, transportes, chegando até aos avanços diários da medicina e inteligência artificial.

Não é atoa que os seguros vieram acompanhando todas essas atividades, corroborando mais uma vez sobre que, neste mundo cada vez mais imprevisível e perigoso, o seguro é uma necessidade diária, inadiável e um ato de resposabilidade.

Já parou para pensar como seria o mundo sem os seguros?

Se o seguro não existisse, as pessoas e empresas teriam que lidar com as consequências financeiras de possíveis perdas por conta própria. Isso poderia ser devastador para muitas pessoas, especialmente aquelas que não têm os recursos financeiros para lidar com perdas significativas. Sem o seguro, o risco financeiro seria muito maior e isso poderia afetar a forma como as pessoas tomam decisões em suas vidas pessoais e profissionais. Poderia ser mais difícil para as pessoas se sentirem seguras o suficiente para investirem em coisas como imóveis, carros e negócios, o que poderia limitar a economia como um todo.

Em resumo, o mundo sem seguro seria um lugar muito mais arriscado e financeiramente instável, uma vez que o seguro desempenha um papel fundamental na proteção financeira das pessoas e empresas, e sua ausência teria consequências significativas para a estabilidade financeira e a segurança das pessoas.

No papel de Corretor de Seguros, a provocação é tornar essa informação cada vez mais compreendida por toda a sociedade. Há um esforço do setor para ampliar a percepção sobre a necessidade de prover proteção e tornar o mundo um lugar em que o seguro  esteja mais presente no dia a dia.

Ao contrário do que muitos pensam, o seguro não é utilizado somente no momento do sinistro. Ter sua vida e seus bens segurados provocam a sensação diária de proteção e responsabilidade.

Um beijo em vossos corações e até a próxima.